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GFRP Haizer e o Meio Ambiente
Pegada de Carbono

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Durante o desenvolvimento dos vergalhões de FRP, o conceito de materiais ecológicos era praticamente inexistente. No entanto, existia o desejo de criar uma alternativa ecológica, que emitisse o mínimo de CO2 possível. Depois de estudos verificou-se que esse material alternativo compósito de polímero reforçado com fibra de vidro (GFRP – Glassfiber Reinforced Polymer) mostrou-se muito eficiente nesse aspecto. Seguindo esta abordagem, a Haizer também desenvolveu, além dos vergalhões, barras de transferência de GFRP, com o objetivo de oferecer a melhor tecnologia de construção para pisos industriais e pavimentos de concreto, minimizando ao mesmo tempo as emissões de CO2.

Além de diminuir as emissões de gases, os materiais compósitos de GFRP eliminam uma das principais preocupações dos construtores: a corrosão. Com isso, as barras de GFRP prolongam a vida útil das estruturas de concreto, reduzindo a necessidade de reparos e manutenção durante todo o seu ciclo de vida.

 

As principais matérias-primas desse produto são a fibra de vidro (75% a 80%) e uma resina polimérica (20% a 25%), resultando em um processo de produção que emite muito menos carbono do que o emitido pelos métodos tradicionais, tornando os materiais de fibra de vidro da Haizer ecologicamente corretos. A cada ciclo evolutivo esse compósito melhora suas características e resistências mecânicas e químicas.

Dentre as diversas análises e evoluções, em situações extremas foram desenvolvidos estudos demonstrando a possibilidade de utilização de barras de GFRP em estruturas de concreto preparado com água do mar e areia da praia, conservando recursos limitados de água potável e areia de rio, consumidos em quantidade significativa nas obras de concreto armado. Embora esta aplicação ainda esteja em desenvolvimento inicial, alguns projetos já estão em campo e podem ser acessados nos materiais do programa Seacon, desenvolvido em parceria com a ACI – American Concrete Institute­.

As atuais práticas de construção nesse formato, que utilizam anualmente cerca de três bilhões de toneladas de cimento Portland por ano no mundo, precisam ser melhoradas em termos de consumo de energia e emissões de gases de efeito de estufa. A produção das barras de GFRP consome 50% menos energia e produz 43% a menos de dióxido de carbono CO2 de acordo com Garg N. e Shrivastava S. em “Environmental and Economic Comparison of FRP Reinforcements and Steel Reinforcements in Concrete Beams Based on Design Strength Parameter”.

Além disso, o frete rodoviário é responsável por aproximadamente 5% do total das emissões globais de carbono, com o frete de construção contribuindo com cerca de 12% desse volume total. Já o aço, que pesa cerca de 7.800 kg/m3, é mais de três vezes mais pesado que o concreto, limitando o volume de armadura que pode ser transportado por um único caminhão. O GFRP, pesando um quarto do peso do aço, melhora a eficiência do transporte ao aumentar significativamente o volume de reforço que pode ser transportado por um único caminhão. De acordo com a ISO 14040 e ISO 14044, a avaliação do ciclo de vida (LCA) do GFRP abrange as etapas de produção, transporte, construção, uso e tempo de vida útil. Nesse contexto, o GFRP surge como um material muito importante, inicialmente devido à sua temperatura de produção mais baixa em comparação com o aço, o que diminui o consumo energético e as emissões de gases de efeito de estufa, e posteriormente pelas menores emissões durante o transporte e a aplicação na obra, além do aumento da vida útil da estrutura.

No Brasil, os materiais de GFRP da Haizer, especialmente as barras de transferência, têm sido amplamente utilizados, principalmente em pisos industriais, obras de infraestrutura e outras construções de grande porte, proporcionando consistentemente excelentes resultados.

Portanto, além dos benefícios já conhecidos, como resistência à corrosão, peso reduzido, facilidade de manuseio e viabilidade econômica, também são dignas de nota as vantagens ambientais associadas à produção, aplicação e ciclo de vida das barras de transferência de GFRP da Haizer.

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